5 perguntas para Far from Alaska

15/04/2013

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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15/04/2013

Pense num rock caipira pesado gringo, feito no nordeste brasileiro. O quinteto Far from Alaska não tem nem disco lançado, mas já tocou no Planeta Terra e ganhou elogios públicos da Shirley Manson. A vocalista Emilly Barreto entrega coincidências místicas em torno da jovem banda, que acaba de gravar o primeiro videoclipe e fazer um show elogiadíssimo no mais clássico palco do rock brasileiro, o Circo Voador.

A trajetória do Far From Alaska pode até ser rápida, mas não é curta. Quais foram os momentos mais importantes da história até agora?

*

A banda é bem nova e tudo que tem acontecido, pra nossa realidade, é bem forte. Mas, com toda certeza, um dos nossos momentos favoritos foi o show de estreia na seletiva do Concurso Som Pra Todos (Deck/Banco do Brasil/Terra) em São Paulo. Fluiu tão bem que nos deu a vitória por unanimidade entre os jurados e a oportunidade de tocar no Festival Planeta Terra – nosso segundo show! Acho que nem o mais otimista imaginaria um começo tão mágico. No dia do show da seletiva se comemorava o dia internacional do Alaska, ou “Alaska Day”. Descobrimos isso pela internet enquanto almoçávamos num restaurante escolhido completamente por acaso na Santa Ifigênia em São Paulo. Nesse restaurante tinha uma televisão ligada lá no fundo, bem sucateada, passando, simultaneamente à descoberta, um documentário sobre caminhoneiros que tinham que chegar ao Alaska, mas ainda estavam “longe do Alaska” uns 200 km. DEPOIS DESSA, SÉRIO, TINHA QUE ROLAR!

A banda é de Natal, mas direto vocês estão em São Paulo. Por quê?

A banda não só é de Natal, é Natal Lover também. Curtimos muito nossa cidade, mas São Paulo tá no nosso coração porque sempre nos traz coisa boa. Primeiro viemos para o concurso em que descolamos o show no Terra, um contrato de distribuição digital com a Deck Disc e, de quebra, conhecemos um monte de gente legal que hoje faz parte do mundinho FFA. Daí agora voltamos pra gravar nosso primeiro clipe, com o diretor Daniel Pommella, que caiu do céu nos convidando pra protagonizar um clipe dele, com produção e gastos assumidos por ele. Foi muito bacana e generoso, considerando que não nos conhecíamos antes do convite. Ele acreditou no som mesmo e não é todo dia que isso acontece mas, quando acontece, é legal falar, é nosso agradecimento público.

De onde vem a força do Far from Alaska?

Se as pessoas acham que a gente tem bastante força certamente é porque não forçamos nada. Aí sobra energia pra fazer a parada com o máximo de verdade que a gente consegue. Na verdade a gente não sabe. A gente se esforça pra se agradar, somos chatos entre nós porque cada um curte uma coisa diferente, aí as composições viram um “termo de acordo”, sabe? Rola um processo quase obsessivo seguido de um alívio quando conseguimos chegar em algo satisfatório pra todos. Talvez a força tenha a ver com isso, com toda essa energia empregada.

Esse show no Circo Voador, como rolou? As bandas adoram, algumas fizeram melhor show da vida por lá (tipo o Franz Ferdinand)…

O show no Circo foi através do Grito Rock, festival promovido pelo Fora do Eixo que acontece anualmente em vários lugares do mundo, simultaneamente ou não, e tem a fama de ter uma programação bem democrática (e tem mesmo). Tocamos nessa edição junto com o Fleeting Circus (RJ), Banda Tereza (RJ), Scalene (DF) e Móveis Coloniais de Acajú (DF). Foi absolutamente fantástico. O Circo é um dos mais (se não o mais) tradicional pico de rock no Brasil, e a gente desde muito boyzinho (“boyzinho” é “criança” lá em Natal) escuta falar nesse lugar em que tocou todo mundo que importa no rock do Brasil. É visível que a turma tá lá sacando seu show, vendo o que você tá fazendo, prestando atenção mesmo. O público se deixa contagiar, dança, entra na sua onda. Pra quem tá tocando é o ideal.

Por fim, é repeteco mas tem que contar: qual é a história de vocês com o Garbage?

Tudo bem ser repeteco, a gente não cansa de contar! Por termos tocado no Terra, no fim de semana do festival ficamos hospedados no hotel das bandas. Vimos os caras do Garbage no lobby do hotel várias vezes (e, sim, quase enfartamos várias vezes) e o Butch Vig chegou a sentar do nosso lado! Após o festival chegamos de volta ao hotel na mesma hora que a Shirley Manson. Era a chance. Chegamos junto e ela foi super simpática, perguntou com quem estávamos (por causa dos nossos crachás) e aí explicamos toda a nossa história doida, que tínhamos ganhado um concurso, que era o nosso segundo show e etc. Ela amou! Soltou um “HOLY SHIT!” ao saber da trajetória e, após o momento fã-foto-abraço, disse que procuraria a banda na internet. Pra garantir que ela não esqueceria, a Cris (synth/vocal) acordou cedo e ficou plantada no lobby esperando ela descer, com um bilhetinho com o endereço do nosso site. Ela achou “very sweet” e pensamos que ela só estava sendo legal e esse é o fim da história. Né? Só que não! Não só ela deu escutou o som junto com o marido, como no dia 28 de dezembro de 2012 fez um post bem recheado falando só coisa boa sobre a gente, o que rendeu muita visibilidade tanto de brasileiros quanto de gente lá fora. Os views dos nossos vídeos do Youtube dispararam e o pessoal comentava “Shirley brought me here!” . Isso sim foi “very sweet”!

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15/04/2013

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