A Banda Mais Bonita da América

05/06/2013

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos:

05/06/2013

Os caras d’A Banda Mais Bonita da Cidade acabaram de retornar de uma mini turnê pela América Latina. E antes de embarcarem novamente para o exterior, dessa vez para se apresentar na Itália, o guitarrista Rodrigo Lemos e o tecladista Vinícius Nisi nos mandaram esse pequeno diário ilustra, que conta um pouco melhor como foram os dias que a banda passou em Buenos Aires e em Montividéu.

31 de maio

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0h30 – Rodrigo: começa a nossa terceira apresentação em Porto Alegre; dessa vez, no Clube Silêncio, um barzinho charmoso na Cidade Baixa. Fizemos um show essencialmente roqueiro para a casa cheia, já familiarizadas com o nosso setlist. Deixamos escapar até mesmo a nova canção “Uma Atriz”, que estará presente em nosso segundo álbum.

8h – Rodrigo: Após quase 20 horas sem saber a razão do extravio da minha bagagem, finalmente recebo uma ligação. Em poucas horas deixaríamos o país e, como num milagre, a companhia aérea efetua a devolução da “pretinha”, pesando os mesmos 9kg do dia anterior.

14h – Rodrigo: Chegamos à Argentina na tarde de sexta. No aeroporto, fomos recebidos pela Gisele, que é brasileira, mas mora em Buenos Aires há 2 anos. No trajeto até o hotel, a Gi nos contou sobre sua história de muita paixão e coragem que a fez trocar de país. ?Ela também nos disse que o Rreal vale muito na Argentina (em algum lugar tem que valer né?). Mas o que nos deixou mais surpresos foi a informação de que já tínhamos vendido mais de 400 ingressos antecipados para o show de logo mais (a casa La Trastienda tem capacidade para 700 pessoas).Ansiedade aumentando…

?16h – Vinícius: Depois de um jejum forçado por 12 horas de viagem, almoçamos num ótimo restaurante perto do La Trastienda. Primeira refeição em Buenos Aires e a cidade já nos ganhou.

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17h30 – Vinícius: Passagem de som completa: enfim, pudemos conhecer nossa convidada Ana Prada, que participará da música “Sin Premura”. Sintonia instantânea, em 5 minutos já estávamos dando risadas. Ana é uma grande cantora uruguaia e uma pessoa muito querida, esperamos poder trazê-la para cá no futuro.

21h – Vinícius: Casa cheia. Começamos nosso primeiro show em Buenos Aires. Não há palavras para descrever a sensação. Ouvir tantas canções sendo cantadas em coro com o lindo sotaque espanhol… Incrível. Leo Fressato participou lindamente, sendo o grande artista que é. O maios destaque da noite foi “Boa Pessoa”.

23h50 – Vinícius: Chegamos ao hotel e todos foram descansar. Eu e Uyara preferimos jantar, acompanhados de Javier (nosso produtor local). Ele nos conta porque está tão feliz com o que se passou aquela noite no La Trastienda. Disse que a última boa música brasileira que chegou na argentina foi a bossa nova (assim como ainda consideramos o tango quando falamos de música argentina). “Trouxe vocês para cá para abrir uma porta que estava fechada há 30 anos”. Me sinto pela primeira vez uma pequena parte da música brasileira.

1º de junho

7h – Rodrigo: Deixamos o hotel para pegar o “buquebus” rumo a Montevidéu. O show de ontem foi incrível, sob todos os aspectos… Conseguimos lotar o La Trastienda e ainda tivemos a honra de contar com a participação especial da cantora uruguaia Ana Prada e do nosso amigo, compositor de “Oração”, Leo Fressato. Uma noite para guardar na memória.

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20h – Rodrigo: Nosso palco está pronto na filial uruguaia da Trastienda e posso assistir à passagem de som do Sebastian Jantos. Todos ficaram muito impressionados com a sonoridade das canções e sua voz. Nos bastidores, ele me contou que costuma se apresentar com uma banda maior, mas para esse número de abertura decidiu ser acompanhado apenas por um guitarrista e bases pré gravadas do seu disco recém lançado ,”Hoy”.

21h – Rodrigo: Apesar de termos encontrado um público menor que a noite anterior, o show chegou ao seu clímax com a querida Ana Prada (dessa vez, cantando em sua terra natal). Ao fim, descemos para a platéia entoando “Oração” e celebrando com os presentes o fim dessa missão.

23h – Vinícius: As diferenças de idiomas e culturas raramente impedem a comunicação. No fim do show de Montevidéu, houve um momento inesperado que reflete isso: o público, na “euforia fim-do-show-cabe-essa-oração” começa a entoar um hino de estádio a plenos pulmões. Usaram seu próprio código coletivo para demonstrar sua emoção. Para nós foi uma imagem fortíssima, linda… Para guardar pra sempre.

23h50 – Vinícius: Um pós-show especialíssimo: pudemos sair para beber com os novos amigos uruguaios, decididos a virar a noite, já que às 4 da manhã deveríamos estar acordados para voltar a Buenos Aires. Noite linda regada a cerveja e vinho, com direito a passeio na praia e discussões sobre cultura brasileira. Em certo momento me pediram três nomes de artistas “novos” brasileiros (falei de bate-pronto: “Tulipa Ruiz, Criolo, Cícero!”). Eram conversas longas no mais fluente Pportunhol (tão fluente que alguém sóbrio não entenderia uma palavra).

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2 de junho

8h – Rodrigo Lemos: Será um day off, com louvor. Passaremos a manhã retornando a Buenos Aires e teremos a tarde livre para exercer o papel de turistas antes de retornar ao Brasil.

12h – Rodrigo: Travessia do mar del plata é o momento que escolho para rever estes textos que endereçaremos aos leitores da NOIZE. É realmente um privilégio ter a oportunidade de tocar em outros países, conhecer artistas talentosíssimos e carregar tantas memórias. Nem tudo são flores nesse rolê de banda, mas a cada sorriso trocado parecemos encontrar o conforto necessário pra seguir adiante.

14h – Vinícius: Desembarcamos em Buenos Aires e surge a oportunidade de gravar um vídeo ainda naquela tarde para a “Joy Weekend”. Abraçamos a causa. Foi-se o dia livre pelo amor ao audiovisual.

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21h – Vinícius: Enfim, não há mais nenhum compromisso! Cansados, temos somente forças para passear pelas ruas próximas ao hotel. Voltaremos para casa na manhã seguinte.

3 de junho

11h – Vinícius: Não há glamour nenhum nessas viagens: são sonos curtos e mal dormidos, refeições apressadas e fora de hora, muito tempo perdido dentro de táxis e aeroportos, preocupações com o público e com os horários. Não há tempo livre para turismo ou passeios, nem há energia para isso. As nossas lembranças não são fotos lindas à luz do dia, posando na frente de monumentos. São fotos nas janelas de táxis, nos hotéis e dentro das casas de show. E não há tempo nem para pensar em fazer compras. O que fica mesmo de recordação são os momentos de carinho com as pessoas novas que cruzam nosso caminho. Eles ficam na memória e voltam dias depois, te emocionando novamente… Como as flores jogadas no palco ao fim do show em Buenos Aires.

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(Fotos: A Banda Mais Bonita da Cidade)

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05/06/2013

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