The Molodoys apaixonado

19/07/2014

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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19/07/2014

Eles têm apenas dois anos de banda, mas paixão e energia joviais que a música precisa tanto. O The Molodoys é um grupo de São Paulo que conquistou nossos ouvidos pelos acordes maduros e vocais roucos.

Camilla Araujo, Jairo Camargo, Leonardo Fazio e Wesley Castellano compõem a banda que nesse domingo agora (20), às 14h, lança com exclusividade pela Revista NOIZE o EP de estreia Metamorphic Fragments, com seis faixas que vão te fazer esperar mais deles. Cada canção tem sua particularidade, mas ao final todos os fragmentos se encaixam em um registro não óbvio.

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O dia 20 de julho foi escolhido pela banda por ser a data comemorativa dos 45 anos do primeiro pouso lunar pela Apollo 11. Também nesse dia, eles se apresentam a partir das 19h30min no Gillans’ Inn English Rock Bar (Rua Marques de Itu, 284), em São Paulo. A entrada custa R$ 20.

Metamorphic Fragments traz um pouco da experiência da cada membro da banda e conta com vocais tanto de Leonardo Fazio como de Camilla Araujo e Wesley Castellano. Clicando aqui você confirma sua presença no evento oficial do Facebook de lançamento do EP. Pra matar um pouco sua curiosidade, nós mostramos abaixo quais serão as faixas e a capa do registro.

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“As you put your lumberjack shirt…”
“Sounds of the Moon”
“ The Sigh of a Devil and the Flesh of an Angel”
“Seize the Night (For [by] Vincent)”
“Night that Ever Comes”
“She’s a Devil”

Para conhecer mais sobre essa sonoridade tão apaixonada do The Molodoys, nós conversamos com um dos fundadores da banda, o guitarrista e vocalista Leonardo Fazio.

Desde quando vocês estão envolvidos com a música?

O guitarrista Wesley já tocava há mais tempo, a mãe dele é musicista. Eu comecei a tocar um pouquinho mais tarde. Daí a gente teve essa ideia de ter uma banda e começamos a gravar vídeos pra colocar na internet, [de cover] de banda tipo Oasis. Só que a gente nunca chegou a colocar. Até tentamos, mas o vídeo ficou muito ruim (risos). E a gente começou a compor mais músicas próprias.

A banda se conheceu no colégio?

Eu e o guitarrista base a gente estudou junto, formamos a banda, e precisávamos de um baixista e de um baterista. Aí minha namorada falou “ó, vou aprender baixo!”, e ela começou a fazer aula de baixo e entrou na banda como baixista. Conhecemos o Jairo quando a Camilla se mudou pra São Paulo e foi morar em uma república com a namorada dele e mais uma garota, após o antigo baterista deixar a banda de uma hora pra outra descobrimos que o Jairo tocava bateria há mais de dez anos, então decidimos chamá-lo para entrar na banda.

Foi difícil no início unir os estilos de todo mundo?

Nosso estilo musical é bem parecido, mas algumas influências mudam. A gente quer tocar o que todo mundo gosta, a gente tenta trazer tudo isso pra nossa música.

Qual o conceito que vocês criaram para o EP de estreia?

A gente quis fazer com que as músicas fossem fragmentos e que ao longo do EP elas fossem se metamorfoseando. Pegamos várias influências e tentamos trazer pra cada música uma sonoridade bem singular, mas sem deixar de perder a unidade do EP.

E como foram as gravações de Metamorphic Fragments?

Nós gravamos de forma totalmente independente na cidade de Amparo, interior de São Paulo, com um amigo nosso e produtor que se chama Gustavo Coutinho. Ele tinha um home studio na casa dele, nós fomos gravar e foi os melhores meses da minha vida. Como só dava pra gente gravar no fim de semana, nós demoramos três meses pra fazer isso, indo todo final de semana. A gente já tinha as composições, só que estavam bem cruas. Antes de gravar a gente trabalhou nas músicas junto com o Gustavo, que ele entende bastante de música, aí a gente começou a dar corpo mesmo pras músicas.

Vocês queriam que o EP fosse lançado no dia 20 de julho, quando o homem pousou na Lua pela primeira vez. Por quê?

A gente não queria que ele saísse numa data aleatória. Como gostamos bastante de ciência, de astronomia e essas coisas que temos bastante influência, a gente tava procurando datas em julho e daí veio essa data certinha e falamos “é essa mesmo!”.

O The Molodoys chegou até a NOIZE de uma forma bem informal. É difícil ganhar visibilidade de forma independente hoje em dia? E como fazem pra divulgar o trabalho de vocês?

Olha, é muito complicado. Muito mesmo. A gente tem que ir atrás mesmo. Ficamos mandando pra todo mundo. Eu sou o que mando mais porque eu não tenho medo de ser chato com as pessoas (risos). É muito fácil ter uma banda hoje em dia. Eu digo que o número de bandas no mundo é infinito, porque agora mesmo têm umas trinta bandas surgindo. Com a internet, tá muito fácil pras bandas publicarem e fica muito difícil das pessoas te notarem.

Todas as seis faixas de Metamorphic Fragments são cantadas em inglês e deve ter muita gente que critica a banda por isso, já que vocês são do Brasil. O que vocês acham sobre isso?

Pra mim música é liberdade, a gente não deveria limitar a música aos limites geográficos que o ser humano impôs. Geralmente, a gente consegue compor melhor em inglês. Eu gosto bastante de bandas que compõem em português, mas eu consigo me expressar melhor compondo em inglês.

Por que The Molodoys?

A gente gosta bastante de literatura e de cinema, e o nome da banda a gente tirou do livro e filme “Laranja Mecânica”. O filme é do [Stanley] Kubrick e o livro é do Anthony Burgess. “Molodoys” vem da gíria falada pelos personagens do livro e do filme que significa “jovem”.

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19/07/2014

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