O boom do Disclosure

03/04/2014

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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03/04/2014

O recente boom da música eletrônica não é culpa do Disclosure. O duo inglês – formados pelos irmãos Guy e Howard Lawrence – apenas aproveitaram o bom momento dos beats e dos sintetizadores para mostrar que ainda há muito o que explorar no mundo da música e dos computadores.

A ascensão do grupo foi meteórica. Em menos de um ano, os Lawrence não só lançaram o seu primeiro trabalho de estúdio, chamado “Settle”, como também dominaram as pistas de dança de boa parte da Europa. E não foi só isso. A despretensiosa estreia do Disclosure atingiu o topo das paradas britânicas e evidenciou para o mundo inteiro o talento dos dois jovens compositores londrinos.

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Há quem diga que o Disclosure vem reinventando a música eletrônica com certo apelo pop e uma vibe super-indie. Com os pés no chão e a humildade que falta para as estrelas mais jovens, o Disclosure prefere acreditar que “apenas estava na hora certa e no lugar certo”.

Às vésperas de desembarcar no Brasil para tocar no Lollapalooza Brasil, Guy Lawrence atendeu a nossa ligação e nos ajudou a decifrar – ou quase isso – o porquê do Disclosure estar tão em evidência nos dias de hoje.

O Disclosure é uma banda nova e vocês recém completaram 20 anos de idade. O Reino Unido ainda é um bom lugar para se viver quando se quer começar uma banda?

Com certeza. O Reino Unido é um lugar culturalmente muito rico e aberto para todos os tipos de música. Nós temos muita gente trabalhando com música eletrônica por aqui no momento e eu acho que o Disclosure se aproveitou muito disso. Há uma proximidade com os outros artistas e uma sensação de que estamos no “lugar certo”. Não temos do que se queixar. O nosso álbum foi muito bem recebido por aqui.

disclosurelive

“White Noise” venceu o NME Awards na categoria “melhor música”. O que faz dela uma canção tão especial?

O que aconteceu com “White Noise” foi uma coisa muito legal, porque não pensamos nela quando escolhemos a nossa primeira e principal música de trabalho. Mas, quando lançamos o single dela, nós tivemos o nosso melhor resultado nas paradas do Reino Unido. Então, eu diria que é um pouco difícil explicar porque ela chegou onde chegou, vencendo esse prêmio e tudo mais. Talvez o público tenha se identificado com a música de verdade, principalmente com a letra, que tem mesmo essa coisa de prender a atenção. “White Noise” tocou muito no rádio, isso também deve ter contribuído para essa conexão com as pessoas.

A música eletrônica vive hoje um grande momento, especialmente no Brasil. Qual é a grande contribuição do Disclosure para o cenário? O que a banda trouxe de novo?

Uau! (risos) Isso ainda é um pouco estranho para mim, porque eu nunca imaginei que o Disclosure teria um papel tão importante assim, como você está dizendo. Eu acho que até é um exagero a gente pensar numa grande contribuição para a música eletrônica. A nossa ambição, quando demos o start no Disclosure e lançamento o “Settle”, era apenas de aproximar as pessoas da música que a gente tocava e gostava de ouvir nas pistas de dança. Nós nunca esperamos tocar no rádio ou ter uma canção na lista das mais pedidas. A verdade é que a música eletrônica evoluiu e hoje tem praticamente a mesma penetração do que o pop. Eu acho que só tivemos um pouco de sorte, de estar no lugar certo na hora certa.

Algumas músicas de “Settle” foram remixadas por outros artistas. O que essas novas versões podem acrescentar de útil para os fãs de vocês?

O legal dos remixes é que eles mostram para você que a sua música pode ter outras perspectivas. Eu acho isso muito legal e diria que tivemos um pouco de sorte em ver tanta gente interessada no nosso trabalho.

Vocês são irmãos e isso tende tornar tudo mais fácil para a banda. No entanto, quais são as maiores dificuldades de se trabalhar em família? Os conflitos e as brigas se tornam mais frequentes?

Nós somos irmãos e nos damos bem trabalhando juntos. Eu acho que isso ajuda muito, o nosso diálogo é sempre fácil e tranquilo. A gente tem gostos musicais bem parecidos e praticamente nunca entramos em conflito quando estamos trabalhando em nossas músicas.

O Disclosure virá pela primeira vez ao Brasil, para tocar no Lollapalooza. O que vocês esperam encontrar por aqui? O que os fãs podem esperar de vocês ao vivo?

Nós nunca estivemos no Brasil e estamos muito empolgados com o show que faremos por aí. Esperamos nos divertir bastante no Lollapalooza e que as pessoas também se divirtam com o nosso show. A gente quer fazer uma grande apresentação para os nossos fãs brasileiros.

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03/04/2014

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