Exclusivo: Um papo nada sério com Fausto Fanti

30/07/2015

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos: Reprodução

30/07/2015

Há exatamente um ano, Fausto Fanti deixou o mundo de forma trágica. Lembramos hoje de uma entrevista que a NOIZE fez com ele em 2008, quando o músico e humorista estava lançando o projeto Também Sou Hype. Publicada na NOIZE #19, a conversa foi dividida entre Fausto e a personagem da cantora do grupo – interpretada por ele mesmo. O editor da revista na época, Fernando Corrêa, foi o responsável pela entrevista, e recorda que se surpreendeu por Fausto já ter atendido o telefone na personagem, com a voz fininha. “Foi foda fazer a entrevista e não se sentir um abobado rindo o tempo todo”, lembra. 

Veja a matéria na íntegra abaixo:

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TAMBÉM SOU HYPE

Por Fernando Corrêa

Uma das melhores apostas que se pode fazer no cenário brasileiro no fim de 2008 é a Também Sou Hype. A nova sátira da galera do Hermes e Renato mistura Impressionismo, Kubrik e indie rock, e entrega um resultado que só tem paralelos em grandes nomes do electro rock, como os também brasileiros da CSS. Mas segundo a vocalista do grupo (interpretada pelo humorista Fausto Fanti, o Renato), foi a Também que cantou a pedra antes de Lovefoxxx e cia. ganharem o mundo. Confere nosso papo com ela e com ele, e se não conheces a Também Sou Hype, corre pro YouTube e procura!

Como foi formada a Também?
Eu estudava moda com a Jéssica, e a Lu era uma amiga de infância que sempre aparecia por ali pra um chope, mas era mais companheira de balada, a gente tomava muito ecstasy, ficava fritando na night, essa era a nossa rotina. E a gente não tinha o que fazer e pensamos “por que não montar uma banda”. A gente é muito off the hook, sabe? A gente é super legal.

E copiaram muito vocês?
Com certeza, sempre quem tá na vanguarda é muito chupinhado, isso é meio básico.A gente vai fazer uma turnê na Europa Oriental, até no Morro do Gufo e nas Ilhas Sutterlands, na Índia Meridional. Países onde as pessoas não entendem nada do que a gente tá falando mas acham a gente off the hook.

E o que acham da concorrência?
São uns imitadores, chupinheiros de Cottom Club, a vocalistinha se inspira em Le Tigre, adora o Montage, por isso que sai um som ruim daqueles. Já tivemos algumas richas, ela estudava na Faap também, era bem rodada. Lá o pessoal só gosta da gente, a única coisa que se fala é na Também Sou Hype.

Fausto, como a Também Sou Hype captura tão bem a essência das bandas que satiriza?
A paródia é igual a uma caricatura, grosseiramente falando, é isso que a gente faz. E não é uma fórmula, sai de forma muito intuitiva, “pô, vamos sacanear isso aqui, a banda podia se chamar Também Sou Hype”. Porque eles brincam muito com esse perfil de “nós somos modernos, estamos na vanguarda, temos influências melhores que todo mundo, então somos superiores e tamo aí vendendo pra gringo”. E é uma grande palhaçada isso, essas bandas se levam muito a sério, o mínimo que a gente pode fazer é uma sacanagem em cima delas. A música, o figurino muito baseado no que tá voltando agora, a cor, essas bandas são muito datadas, tão voltando com o ciclo de moda. É muito temporal.

Lembre de outros grandes momentos musicais do Fausto Fanti abaixo:

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30/07/2015

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