Estreia coroada de Foba

04/01/2014

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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04/01/2014

Giuliano Batista, mais conhecido pelo apelido Foba, aproveitou o segundo semestre de 2013 para lançar o seu primeiro trabalho de estúdio, o EP que ganhou o nome de “Coroados”. Com influências do rock psicodélico à lá Pink Floyd e de bandas mais modernas, como Tame Impala e MGMT, o curitibano passou o Carnaval do ano passado trancado numa casa de praia para gravar as três músicas que compõem o disco.

Amigo de longa data dos caras do Esperanza, Foba teve o incentivo de Wonder Bettin, guitarrista da banda, desde o início. Tanto é verdade que é ele quem produziu “Coroados”, que contou ainda com a participação especial do baterista do grupo paranaense, Alexandre Guedes, em todas as três faixas do EP. E foi para falar sobre sobre amizade, música e sobre o EP “Coroados” que conversamos com Foba e Bettin:

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Por que você escolheu gravar o EP “Coroados” no Balneário de Coroados, litoral do Paraná?

Foba: Eu acho que meus amigos topariam até, mas eu não queria estragar o Carnaval de ninguém ficando em Curitiba. Eu ia até pagar para eles um cachê, mas eu preferi gastar tudo o que eu ia gastar alugando uma casa. Falei pros meus amigos levarem as ideias e paguei o consumo básico: um churrasco, bebida. Ficamos os quatro dias de Carnaval lá.

As três músicas de “Coroados” são recentes ou você já havia escrito elas?

Foba: Eu tocava no violão essas música. Assim, eu não sou músico, eu não trabalho com música. Na verdade, eu trabalho com filmes, eu escrevo roteiro pra filmes e edito também. Mas sempre toquei e tenho amigos músicos. Essas músicas eu já tinha e meu grupo de amigos já conhecia essas músicas. Elas mudaram bastante com a banda, a gente ensaiando. A versão que eu tocava era meio folk… Elas mudaram, não tanto, mas mudaram. Eu tive que adaptar pra tocar com a banda. Elas ficaram bem mais rock’n’roll. Elas tinham uma pegada mais violão antes.

Você disse que não é músico. O que te levou a lançar o EP?

Foba: Na verdade, o meu sonho era lançar um disco, mas eu só consegui lançar um EP (risos).

Você também disse que trabalha com filmes. Se “Coroados” fosse a trilha sonora de um filme, como esse filme seria?

Foba: Provavelmente, seria um roadie movie, um filme com deserto, estrada, viagens.

O EP tem a produção de Wonder Bettin, do Esperanza. Como foi essa parceria?

Foba: Desde o começo, ele abraçou a ideia, ele gostava das músicas, ele botou fé. O Caixinha também me ajudou muito no começo, ele é o baterista do Esperanza e do EP. A gente é muito amigo, eu sou inclusive padrinho da filha dele. Ele trabalha com vídeo também e quem vai dirigir o meu próximo clipe. Não sei ainda que música, mas vai rolar no ano que vem. O Wonder tem muito mais experiência que eu, então ele sabia exatamente as coisas que eu tinha que focar, as coisas que eu tinha que esquecer, ele me ensinou a cantar melhor.

Quais foram suas inspirações para as três músicas do EP: “Eu e Ela e o Amor”, “Por Que Voce? é Ta?o Legal?” e “Eu So? Tenho uma Pistola, uma Viola e uma Mulher”?

Foba: “Eu e Ela e o Amor”, na verdade, é uma história bem simples. Eu tentei fazer algo muito profundo e acabei cortando, cortando, cortando e ficou só o básico mesmo da história, mas eu gostei. A música é um cara que conhece um novo amor, ele tem namorada inclusive, mas ele descobre um tipo de amor que ele não conhecia.

Ano passado, eu trabalhava em uma produra que o andar debaixo era a produtora e no andar de cima eu morava com meu sócio e mais dois caras. Tinha uma laje fantástica lá e todo dia a gente fazia um churrasco e tomava uma garrafa de rum (risos). Foi numa dessas noites que eu fiz “Por Que Voce? é Ta?o Legal?” e “Eu So? Tenho uma Pistola, uma Viola e uma Mulher”. Essas músicas saíram bem no impulso. “Eu So? Tenho uma Pistola, uma Viola e uma Mulher” simplesmente saiu o refrão. Na verdade, foi quase que um trabalho de roteiro, porque aquele refrão me deu um cenário da história. É um cenário meio “On the Road”. O personagem é um cara que sai por aí andando, um cara inquieto que sai por aí experimentando tudo e cativando as pessoas. Mas mesmo assim ele não tá satisfeito e continua, e continua.

E “Por Que Voce? é Ta?o Legal?”… Eu tinha na cabeça que tem certas pessoas sempre serão legais, no sentido de que não tem vergonha de si mesmas. Tipo, se o Bob Dylan não fosse o Bob Dylan, ele continuaria tocando mesmo se ele nunca fosse conhecido. Não é uma música sobre o Bob Dylan, mas fala sobre caras como ele.

O que você ouviu no som do Foba que te levou a incentivá-lo a gravar o “Coroados”?

Wonder: (risos) Sabe o “catch” que tem na música pop? Acho que o Giuliano Foba tem isso, embora ele faça do jeito que ele consegue no violão, eu sempre notei que ele tem isso e achei que seria massa produzir.

No que você ajudou o Foba durante a produção do EP?

Wonder: Ele tinha essas músicas só no formato violão, que era como ele tocava pras pessoas. Daí nós reunimos uma banda, com amigos meus e dele, e a partir do momento que tem banda as músicas já tomam outro formato. Então a gente mexeu um pouco, mudou algumas coisas, sim, mas procuramos manter aquela coisa “catch” que ele tinha tocando sozinho.

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04/01/2014

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