O duo The Atma Project, formado no começo desse ano por Rafael Thumé e Rodrigo Pacote, lança com exlusividade, hoje aqui na NOIZE, o seu segundo clipe. O video de “Kamala”, canção que estará presente no disco de estreia da dupla, chamado “Lucky Thirteen”, foi produzido por Thiago Schmidt em parceria com o vocalista Rafael Thumé.
Com o intuito de “buscar uma nova expressão musical e explorar o trip hop e downtempo”, o The Atma Project dá continuidade ao seu trabalho minimalista com o clipe. “Não temos hiperconstruções, batalhamos para manter o sentimento cru e evidente. É um material bem pessoal e ao mesmo tempo abrangante”, revelou Rodrigo Pacote.
E você pode assistir ao novo vídeo da banda dando play aqui embaixo. Na sequência, batemos um papo com Rodrigo Pacote e Rafael Thumé sobre o trabalho e sobre o que o The Atma Project fará daqui para frente.
Como foi gravar o clipe?
Gravar o clipe foi um desafio bem interessante. Mantivemos o processo criativo aberto até o final das captações. Sabiamos o que esperar do projeto mas acredito que levamos mais além. Ficamos muito satisfeitos.
O primeiro clipe de vocês, para a música “Lucid Dream” foi feito somente com imagens de filmes antigos. O que foi mais difícil de fazer, o vídeo de agora ou o anterior? Por que?
Os dois foram bem desafiadores. “Lucid Dream” nos inspirava um trabalho mais atemporal e abstrato. Então a gente criou essa narrativa feita de narrativas. Temos um jeito bem próximo de trabalhar com os projetos, então nós mesmos filtramos o material e editamos. Já o video de “Kamala” foi outro tipo de desafio, talvez até maior. Definimos as referências e produção, mas não queríamos que o trabalho final ficasse restrito ou perdesse a espontaneidade. Então, pegamos a estrada e captamos o material no litoral do Rio Grande do Sul, apoiados pelo Tiago Schmidt, que dirigiu a fotografia. Sentimos que o resultado acentua bem as nuances que buscamos com essa música.
Com vocês mesmo dizem, o som do The Atma Project é um apanhado de “sentimentos abstratos através de sons apaixonados”. Qual é o grande desafio de transformar isso em um clipe?
O nosso grande desafio ao longo de todo o processo, desde a composição das músicas até a produção dos videos, é manter evidente o emocional. O clima. As composições foram feitas todas em sessões únicas. As melodias e letras compostas durante as gravações. Nosso trabalho é um canal bem aberto com o subconsciente do Atma.
Como está a repercussão de “Lucky Thirteen”, o primeiro álbum de vocês, até o momento?
Surreal. O disco, produzido por nós e pelo Renato Galozzi (Tiê), ainda nem foi lançado oficialmente e já estamos colhendo ótimos frutos, incluindo algumas parcerias internacionais. Fomos convidados para participar de trabalhos com o Asidus, produtor musical norte-americano, além do francês Antonyme Romeo. Também estamos fechando um remix exclusivo de “Kamala” com o DJ Fauzy Gohsn (SP).
Quais são os próximos passos da banda?
Estamos fechando um acordo com uma gravadora para lançar o disco físico, ainda pesquisando para fazer uma série especial em vinil. O show de lançamento, em princípio, vai ser em fevereiro de 2014, em São Paulo, e depois obrigatoriamente em Porto Alegre. Depois disso, vamos correr por aí. Já estamos em negociação com dois festivais, um nos Estados Unidos e outro em Porto Rico, mas não podemos dar mais detalhes ainda.