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Que tal atualizar a lista de leituras? Ao longo do ano, diversas obras relacionadas ao mundo da música chamaram a nossa atenção. Nesta lista, compilamos 10 indicações de livros que merecem a sua atenção:

Amiri Baraka - Black Music – Free jazz e consciência negra 1959 – 1967&nbsp;

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Poeta, dramaturgo, ensaísta, ativista. Crítico musical. Um dos raros autores negros conectados à&nbsp;Geração Beat&nbsp;de&nbsp;Kerouac, Burroughs&nbsp;e&nbsp;Ginsberg. Um dos mais importantes intelectuais do jazz.&nbsp;<a href="https://api.noize.com.br/chega-ao-brasil-a-critica-musical-afrocentrada-de-amiri-baraka-black-music-free-jazz-editora-sobinfluencia/#1" title="">Amiri Baraka</a>, também conhecido por seu antigo nome&nbsp;LeRoi Jones, foi um artista múltiplo e complexo, de modo que a listagem enciclopédia não dá conta de sua vastidão.

Apesar da grandeza, em sentido figurado e literal, de sua obra, que se estende entre os anos 1960 e os 2010, Baraka praticamente não foi editado no Brasil. Há apenas um título seu lançado no país,&nbsp;Blues People – Black Music in White America, publicado pela editora&nbsp;Record&nbsp;com o nome de&nbsp;O Jazz e Sua Influência na Cultura Americana. A edição é de 1963 e nunca houve uma segunda impressão.

Agora, 50 anos depois do seu único lançamento brasileiro, a editora&nbsp;sobinfluencia lançou&nbsp;Black Music – Free jazz e consciência negra 1959 – 1967&nbsp;(<a href="https://sobinfluencia.com/produto/pre-venda-livro-black-music-amiri-baraka/" target="_blank" rel="noopener" title="">mais informações aqui</a>). Traduzido pelo poeta e tradutor&nbsp;André Capilé, com prefácio da pesquisadora e curadora&nbsp;Nathalia Grilo, o livro é uma compilação de textos do autor que passeiam por diferentes linguagens: há resenhas, crônicas, ensaios e uma entrevista com Baraka.

André Barcinski - Tudo Passará: A Vida de Nelson Ned O Pequeno Gigante da Canção

"Nelson Ned foi um dos maiores artistas de seu tempo. A música romântica foi tachada por parte da crítica como brega, alienada. Mas era a que escutávamos no radinho de pilha, no quartinho da empregada, na portaria, no táxi, nos bordéis. Era o que nos fazia suspirar", escreve Marcelo Rubens Paiva no prefácio do livro.&nbsp;

Nesta biografia, o jornalista André Barcinski revisita a história de Nelson Ned, das dificuldades na infância com nanismo, passando aos dias de glória como cantor até o ostracismo na terceira idade. Na década de 1970, em seu auge comercial, fez sucesso fora do país, chegando a frequentar o mesmo círculo que Pablo Escobar.

Arthur de Faria - Lupicínio: Uma biografia musical

O jornalista Arthur de Faria remonta a história do compositor da infância no bairro da Ilhota, em Porto Alegre, aos encontros com Elis Regina, Elza Soares e João Gilberto. Há também histórias dos bastidores das letras de músicas como &nbsp;“Se acaso você chegasse”, “Nervos de aço”, “Vingança” e “Cadeira vazia”. "Uma das grandes dificuldades – talvez a maior – em contar a vida de Lupi é descobrir o que é verdade e o que é lenda", escreve o autor.&nbsp;

Britney Spears - A Mulher em Mim

Uma história de superação de uma das cantoras mais conhecidas da música pop. Após permanecer 13 anos em tutela dos pais, Britney Spears conta a história do seu ponto de vista. Em 2021, ela ganhou os direitos sobre a fortuna, carreira e filhos. Na autobiografia, ela esclarece o que aconteceu durante essa década sombria.

Daniel Setti - Do vinil ao streaming: 60 anos em 60 discos

Em uma jornada apaixonante, o jornalista Daniel Setti percorre a música pop da década de 1960 a 2010. Conforme o autor elenca discos clássicos, ele também discute as mudanças no mercado fonográfico, passando pelos LPs, CDs e streamings. Nesta análise, fica claro como certos álbuns atravessam gerações e se tornam atemporais.

DJ Zé Pedro - Mela Cueca

O icônico DJ Zé Pedro abriu o baú das músicas favoritas, especificamente aquelas que fizeram sucesso na década de 1970. Na obra, ele costura as histórias musicais com a sua autobiografia profissional: de bailarino do programa do Carlos Imperial, na TV Tupi, até se tornar conhecido como DJ.

Kelefa Sanneh - Na trilha do pop: A música do século XX em sete gêneros&nbsp;

Há duas décadas, o crítico musical britânico cobre música pop para veículos como a revista New Yorker e o jornal New York Times. Neste livro, ele revisita os últimos 50 anos de música pop para entender o surgimento e as ramificações de sete estilos musicais. Fora a pesquisa detalhada, Kelefa Sanneh pontua os protagonistas de cada gênero musical.&nbsp;

Rita Lee - Outra Autobiografia

O conteúdo de "<a href="https://api.noize.com.br/roqueiro-e-cliche-pra-caramba-diz-rita-lee-em-entrevista-a-noize/#1" title="">Rita Lee</a>: Outra Autobiografia" é focado nos últimos três anos de sua vida, entre a pandemia e o diagnóstico de câncer de pulmão. Cantora, compositora, multi-instrumentista, atriz, escritora, Rita foi uma artista múltipla e uma das mulheres mais influentes de seu tempo.

"Quando decidi escrever 'Rita Lee: Uma autobiografia' (2016), o livro marcava, de certo modo, uma despedida da persona ritalee, aquela dos palcos, uma vez que tinha me aposentado dos shows. Achei que nada mais tão digno de nota pudesse acontecer em minha vidinha besta. Mas é aquela velha história: enquanto a gente faz planos e acha que sabe de alguma coisa, Deus dá uma risadinha sarcástica.", diz trecho do livro.

Um capítulo da música brasileira se encerrou com a morte da artista, aos 75 anos. Segundo comunicado publicado em seu perfil oficial, a artista faleceu em casa, na noite de segunda-feira, 8.5.

Rodrigo Faour - A incrível história de Leny Eversong ou a cantora que o Brasil esqueceu

Nascida em Santos, Hilda Campos Soares começou a cantar na rádio local com apenas 13 anos de idade. Foi o início de uma longa carreira como cantora, que transcende o rádio e os limites geográficos. Como Leny Eversong, ela fez sucesso no exterior, chegou a fazer residências em Las Vegas, dividiu palco com Elvis Presley e Sammy Davis Jr.&nbsp;

No entanto, nem o talento a poupou do bullying da imprensa por ser uma mulher gorda. O autor revisita recortes de jornais e entrevistas para tentar entender a personalidade da cantora que foi esquecida no país. "38 anos após sua morte, Leny pode e deve ser um símbolo dessa real diversidade sem fake news, de traduzir em seu corpo físico e vocal a verdade de cada uma, sem rodeios, sem firulas, sem preconceitos", escreve Rodrigo Faour.&nbsp;

Taissa Maia - A Todo Vapor – O Tropicalismo segundo Gal Costa&nbsp;

A pesquisadora Taissa Maia investiga as contribuições de Gal Costa na história e difusão do tropicalismo. Olhando para as primeiras décadas de carreira da cantora baiana, ela pincela momentos que marcaram época e a consagraram como uma das vozes mais importantes deste país.&nbsp;

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