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<p>Cantora e compositora, <strong>Caetana</strong> mistura tradições pernambucanas com sonoridades contemporâneas: em seu universo, o coco de roda, cavalo marinho, maracatu e frevo se encontram com o brega funk, o hip hop e o rap. Desde 2007, a artista vem se jogando na cena cultural recifense, onde ressalta a importância do contato com os ensinamentos de mestres e mestras, como <strong>Mãe Beth de Oxum</strong>, do Samba de Coco de Umbigada, <strong>Mestre Toinho</strong>, do Maracatu de Baque Forte, na sua formação pessoal e artística. Ainda que não tenha acesso a educação musical formal, ela vê a família como a sua maior inspiração: "Eu não cresci com um piano na sala da minha avó, mas o empenho dela em cuidar de mim e dos meus primos foi a minha referência para que eu corresse atrás dos meus sonhos". </p>

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<p><strong>Por onde começo? </strong>O primeiro disco da artista, <em>Afronordestina</em>, lançado em abril de 2022, apresenta treze faixas, sendo todas composições autorais, com exceção de uma parceria com Jennifer Caldas e um remix de "Asa Branca", de Luiz Gonzaga. Há ainda colaboração de nomes como Formiga Dub, Beto Larubia e Nilla. Procure no YouTube o videoclipe de "Odoyá" produzido e dirigido por Caetana, e aproveite e engate os vídeos dos primeiros trabalhos – "Rendido de Leão" e "Você deixou". No ano passado, apresentou o <em>Caetana - Deluxe Afronordestina</em>, com versões ao vivo do disco. </p>

<p><strong>Mood? </strong>Uma leitura contemporânea das intersecções entre universos que poderiam ser distintos, mas que na obra da artista, soam naturais justamente porque Caetana é criativa em sua abordagem. Com apenas 30 anos, ela soma prêmios em concursos de escrita, dança, teatro e audiovisual, então todas essas expressões se materializam nas composições, contribuindo para a criação de sua identidade artística. </p>

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<p><strong>Como soa? </strong>Somente nos últimos anos, após trocar Recife pela ponte aérea Rio de Janeiro e São Paulo, Caetana realizou mais de 50 shows com o repertório do primeiro disco. No entanto, teve apenas uma experiência em estúdio, que resultou na canção "Odoyá", que conta com participação de Deize Tigrona. Para ela, o álbum <em>Afronordestina</em> pode ser considerado artesanal: "Fora ela, as demais produções atendem a realidade da falta de recursos. Mas acima disso, prezo os encontros e vivências das pessoas iguais a mim".&nbsp;</p>

<p><strong>Qual a vibe? </strong>Afrofuturista. Arte e expressão travesti a partir da ótica sensível de Caetana que, em sua essência, carrega as tradições da música e da dança pernambucana, em uma mistura com sonoridades eletrônicas e música pop. Em "Coisas de Travesti", ela mistura um trecho de "Lady Marmalade", música da trilha sonora do filme <em>Moulin Rouge</em> (2001), com batidas de funk e um flow lento – "Entenda uma coisa: travesti não é bagunça/Não vou nem dar confiança, já cansei de ensinar/ Corpo é ancestralidade, conhecendo a verdade". </p>

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<div class="wp-block-columns"><div class="wp-block-column"><figure class="wp-block-image size-full"><img src="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2023/07/se-600.jpg" alt="" class="wp-image-155376"/><figcaption class="wp-element-caption"><strong><a href="https://api.noize.com.br/se-da-rua-denuncia-o-temor-de-ser-um-corpo-travesti-por-meio-de-rimas-afiadas/#1" title="">Sé da Rua denuncia o temor de ser um corpo travesti por meio de rimas afiadas<br></a></strong></figcaption></figure></div><div class="wp-block-column"><figure class="wp-block-image size-large"><a href="https://api.noize.com.br/conheca-a-pesquisa-de-elisa-de-sena-dedicada-a-percussao-afro-brasileira/#1"><img src="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2023/08/FestivalAzeda20-Foto-por-Rodrigo-Valente-1024x683.jpg" alt="" class="wp-image-156359"/></a><figcaption class="wp-element-caption"><strong><a href="https://api.noize.com.br/conheca-a-pesquisa-de-elisa-de-sena-dedicada-a-percussao-afro-brasileira/#1" title="">Conheça a pesquisa de Elisa de Sena dedicada à percussão afro-brasileira<br></a><strong><a href="https://api.noize.com.br/luna-franca-transita-entre-o-pop-e-o-rb-em-primeiro-disco/#1"><br></a></strong><br></strong></figcaption></figure></div><div class="wp-block-column"><figure class="wp-block-image size-large"><a href="https://api.noize.com.br/disco-de-ana-cacimba-passeia-pelo-ijexa-frevo-samba-e-rb/#1"><img src="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2023/06/Ana-Cacimba-Por-Tabatha-Mota-1024x672.jpeg" alt="" class="wp-image-154147"/></a><figcaption class="wp-element-caption"><strong><a href="https://api.noize.com.br/disco-de-ana-cacimba-passeia-pelo-ijexa-frevo-samba-e-rb/#1">Disco de Ana Cacimba passeia pelo Ijexá, frevo, samba e R&amp;B&nbsp;<br></a></strong></figcaption></figure></div></div>

A compositora mistura tradições pernambucanas com sonoridades contemporâneas: o coco de roda, cavalo marinho, maracatu e frevo se encontram com o brega funk, o hip hop e o rap.

Caetana apresenta versão deluxe do disco “Afronordestina”

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