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<p>Projetos pessoais sempre podem ir para um caminho bom ou ruim, assim como tudo na vida, mas imagine cinco amigos de infância, se divertindo na realização de um projeto musical, e além de tudo sendo capazes de produzir faixas versáteis com as próprias vivências na fase de jovens adultos, essa é a banda curitibana <strong>Jovem Dionísio</strong>. <br><br>O quinteto, formado por <strong>Bernardo Hey, </strong>26<strong>, Bernardo Pasquali, </strong>26<strong>, Gabriel Mendes, </strong>23<strong>, Gustavo Karam, </strong>25<strong>, </strong>e<strong> Rafael Duna,</strong> 26<strong>, </strong>começou fazendo covers, mas já bombou logo de cara, com a faixa “Pontos de Exclamação”, que está com quase 13 milhões de visualizações no videoclipe do Youtube. No fim do mês passado, o grupo, ainda independente, lançou seu álbum de estreia <strong><em>Acorda, Pedrinho</em></strong> (2022), de 13 faixas, que conta com produção da dupla <strong>Lucas Suckow</strong> e <strong>Gustavo Schirmer</strong>, em conjunto com a banda. </p>

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<div class="wp-block-image"><figure class="aligncenter size-large"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2022/04/J3A8556-scaled.jpg"><img src="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2022/04/J3A8556-683x1024.jpg" alt="" class="wp-image-142225"/></a><figcaption><em>Quinteto se conheceu ainda na infância, na cidade de Curitiba. (Foto: Breno Galtier/Divulgação)</em></figcaption></figure></div>

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</div></figure>

<p class="has-medium-font-size"><strong>Quem se descreve, se limita</strong></p>

<p>Isolados em um sítio, o grupo viveu algumas imersões para produção do disco, assim como já aconteceu com a banda <strong><a rel="noreferrer noopener" href="https://api.noize.com.br/entrevista-bala-desejo-lado-b-de-sim-sim-sim/#1" target="_blank">Bala Desejo</a></strong>, usando as referências que já tinham, para chegar em uma estrutura que fosse a cara versátil do Jovem Dionísio.  </p>

<figure class="wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-block-embed-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
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</div><figcaption><em>Videoclipe de "Pontos de Exclamação" tem quase 13 milhões de visualizações no Youtube. (Vídeo: Youtube/Reprodução)</em></figcaption></figure>

<p>Em papo com a <strong>NOIZE</strong>, Duna (ou Fufa, como é chamado), afirmou: "A gente tenta não se limitar em um estilo específico e queremos trazer referência de nós cinco, que agrade o estilo de todos no final das contas. A gente se preocupa em fazer música boa e trazer referências que vão desde <strong>Zeca Pagodinho</strong> a <strong>Tupac</strong>". Com sorriso no rosto, Karam diz: "Nós ficamos juntos tipo, até às 2 da manhã, porque não dá vontade de parar, não dá vontade de sair. Do nada a gente pode se empolgar e soltar um pagodão.", exibindo que o divertimento é um dos motores que move o quinteto. </p>

<div class="wp-block-image"><figure class="aligncenter size-large is-resized"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2022/04/J3A8150-scaled.jpg"><img src="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2022/04/J3A8150-683x1024.jpg" alt="" class="wp-image-142254" width="436" height="654"/></a><figcaption><em>"O que a gente está falando tem que caber na boca de todo mundo da banda.", aponta Pasquali. (Foto: Breno Galtier/Divulgação)</em></figcaption></figure></div>

<p class="has-text-align-center"><strong><a href="https://api.noize.com.br/balaclava-records-celebra-seus-dez-anos-com-11a-edicao-de-festival-em-abril/#1" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Balaclava Records celebra seus dez anos com 11ª edição de festival em abril</a></strong></p>

<p class="has-medium-font-size"><strong>O cruzamento certo de composições</strong></p>

<p>Diálogos longos, troca de ideias, e atenção constante nas letras fizeram com que os amigos se unissem na criação da faixa-título "Acorda, Pedrinho", que demorou quase um ano para ser finalizada. "O que a gente está falando tem que caber na boca de todo mundo da banda. Essa faixa, em específico, surgiu de um bate papo nosso, onde cada um foi falando coisas, escrevendo e dando sugestões. Foi a primeira vez que fizemos e no final gostamos", diz apressado o vocalista Pasquali. </p>

<p>"Tem músicas que são bem íntimas, de sentimentos muito específicos, e isso tem que sair de uma pessoa só. É difícil de ficar, em toda composição, os cinco colocando as mãos. A gente vai respeitando os espaços e se divertindo", ressalta o vocalista, que dividiu composições com o baterista Mendes.&nbsp;</p>

<div class="wp-block-image"><figure class="aligncenter size-large is-resized"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2022/04/IMG_8365-1-scaled.jpg"><img src="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2022/04/IMG_8365-1-683x1024.jpg" alt="" class="wp-image-142253" width="428" height="642"/></a><figcaption><em>Fufa, irmão de Mendes, admite que não existe definição para o Jovem Dionísio. (Foto: Breno Galtier/Divulgação)</em></figcaption></figure></div>

<p>Faixas que misturam histórias verdadeiras de romances jovens, às vezes não tão maduros, com experiências de quem está iniciando diversas etapas da vida adulta, é a fórmula que fez o público ter tanta identificação pelas canções. </p>

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<p>O baterista Mendes, irmão de Fufa, assinou todas as composições do álbum, e assume que o processo de criação também foi um modo de explorar novos modos de compor: "Eu estava numa descoberta de novos processos, sempre comecei fazendo o clássico de pegar umas notas de violão, tendo ideias de melodia e voz, unindo com sentimentos intensos, mas hoje já comecei a produzir antes de compor, puxando algum beat, usava guitarra, bateria ou baixo, e a partir disso pensar na letra". </p>

<div class="wp-block-image"><figure class="aligncenter size-large is-resized"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2022/04/IMG_8511-2-scaled.jpg"><img src="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2022/04/IMG_8511-2-683x1024.jpg" alt="" class="wp-image-142257" width="481" height="722"/></a><figcaption><em>"Eu estava numa descoberta de novos processos", diz Gabriel Mendes. (Foto: Breno Galtier/Divulgação)</em></figcaption></figure></div>

<p>Fugindo também de fatos verídicos, Mendes diz que as ideias também vão para rotinas e fantasias: "São várias abordagens, a faixa 'Mas de Preferência Não', por exemplo, era meu desejo de ter um plano e ir para uma festa que não tivesse ninguém que eu conhecia", comenta o baterista que já experienciou o anseio da canção. </p>

<p class="has-medium-font-size"><strong>Combo completo</strong></p>

<p>Entregando mais que músicas, a banda exibe um interesse pelos videoclipes, sendo o último publicado na manhã desta quinta-feira (7). A história, que se passa no bar favorito do grupo, a <strong>Lanchonete Aquarius</strong>, mostra que a zoação dos amigos, na madrugada de um boteco, pode render boas memórias. De maneira cômica, o vídeo exibe o passado e o futuro, interligado pelo, talvez dorminhoco, Fufa. </p>

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</div><figcaption><em>Clipe estreou nesta quinta-feira (7) e tem direção por Bernardo Pasquali e Guilherme Biglia. (Vídeo: Youtube/Reprodução)</em></figcaption></figure>

<p>Concebido junto com a produtora <strong>Asteroide</strong>, o clipe tem direção de Pasquali e <strong>Guilherme Biglia</strong>. Em clima de risadas, Hey assumiu que estava ansioso, enquanto o vocalista afirma: "A nossa preocupação com o audiovisual vem porque a gente sempre se divertiu muito, sempre temos muitas ideias, desde uma coisa pequena para o Instagram até fazer um clipe". </p>

<div class="wp-block-image"><figure class="aligncenter size-large is-resized"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2022/04/IMG_8345-scaled.jpg"><img src="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2022/04/IMG_8345-edited.jpg" alt="" class="wp-image-142256" width="471" height="706"/></a><figcaption><em>"A gente não quer se largar", diz Karam. (Foto: Breno Galtier/Divulgação)</em></figcaption></figure></div>

<p class="has-medium-font-size"><strong>Impulso de mesa de bar </strong></p>

<p>O encontro casual, na<strong> Lanchonete Aquarius</strong>, fez com que os amigos tomassem a atitude decisiva de mudar o nome da banda, que era conhecida como <strong>Huf</strong>, até janeiro de 2019. Ber Hey, que apresentou o local para os amigos, diz que logo o espaço virou o ponto de encontros: "Eu fazia estágio próximo ao bar, e chamei a piazada para colar, depois as nossas ideias de banda começaram a acontecer todas lá". </p>

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<p>Em homenagem ao dono do boteco, <strong>Senhor Dionísio</strong>, o grupo admitiu que não foi uma decisão fácil de ser tomada: "Nós sempre mudávamos o nome, a gente fritava em ideias e sempre dava um nome muito ruim, até que surgiu Jovem Dionísio", diz Hey. </p>

<div class="wp-block-image"><figure class="aligncenter size-large is-resized"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2022/04/J3A8371-scaled.jpg"><img src="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2022/04/J3A8371-683x1024.jpg" alt="" class="wp-image-142258" width="495" height="742"/></a><figcaption><em>Ber Hey foi o integrante que apresentou o ponto de encontro para os amigos do grupo Jovem Dionísio. (Foto: Breno Galtier/Divulgação)</em></figcaption></figure></div>

<p>Acumulando feats com <strong>Clara Valverde</strong>, <strong>Gilsons</strong> e o duo <strong>AnaVitória</strong>, o vocalista aponta que a ideia de parcerias surgiu a partir da admiração e de encontros: "Talvez complementando, a admiração tem que ser mútua e nós admiramos muita gente. Quando acontece de alguém também gostar da gente, a chance do grupo querer fazer algo é muito grande. Sempre estamos conversando com uma galera por aí..", termina Pasquali em tom de mistério. </p>

<p>Em momento promissor, após longo tempo de isolamento social, a banda contou com uma surpresa, um tanto agradável, quando se deparou com o primeiro show, em dezembro passado, após a vacinação em massa. "Muita coisa acontecia dentro dos nossos celulares e computadores, a gente não sabia como seria ver um público maior na nossa frente, o primeiro contato ao vivo, na Opéra de Arame, foi um tapa na cara", diz o vocalista. </p>

<p>Com expectativas maiores de shows fora de Curitiba, o grupo já viajou para Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, e agora se prepara para subir no palco do festival <strong>Tenho Mais Discos Que Amigos</strong>, no sábado (9), em Florianópolis. Para 2022, a banda deixa a divergência da frase clichê de "<em>três é demais</em>" e prova, a cada lançamento, que cinco pode ser também um número ideal. </p>

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