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Novas cores e sons têm ganhado destaque no cinema brasileiro, e Kasa Branca é um exemplo disso. Dirigido por Luciano Vidigal (Cidade de Deus: 10 Anos Depois; 5x Favela - Agora por Nós Mesmos) o filme conta a história de Dé, um adolescente negro que, com o auxílio dos amigos, cuida da avó em fase terminal de Alzheimer. Enquanto a periferia da Chatuba, no Rio de Janeiro, funciona como pano de fundo para a trama, o rap nacional ocupa um papel que vai além da trilha sonora. Assista ao trailer abaixo:

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Em meio aos desafios de amadurecer e se tornar responsável por alguém além de si mesmo, Dé encontra uma saída numa amizade antiga com L7, interpretado pelo rapper L7nnon. Esse movimento de esperança por meio da música vai de encontro com a vivência do próprio diretor e roteirista Luciano Vidigal, que veio da periferia do Rio, assim como Dé. “A música foi o primeiro lugar e o primeiro movimento cultural que me fez me enxergar como homem preto. E também a aprender a enxergar a favela por um olhar mais humano”, conta à Noize. “Eu lembro muito bem da música do Cartola, ‘Alvorada’, que diz: ‘Alvorada lá no morro, que beleza’, e eu comecei a enxergar ali, no samba do Cartola, uma favela diferenciada da que era mostrada nas grandes mídias. Quando eu escutei Racionais também fiquei muito impactado, o quanto eu me identificava com as letras, enfim, como homem preto, poder assumir, poder enxergar que eu era homem preto, como eu mesmo.”

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https://www.youtube.com/watch?v=n3SBckyhfP8
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Assim, Vidigal sabia que trazer um nome como L7nnon para o elenco refletiria a realidade de muitos jovens, que mantêm a chama da positividade acesa porque se reconhecem na trajetória e no trabalho de seus ídolos.

“Eu queria que o filme tivesse alguém do trap para ter essa figura jovem, que pudesse fazer um personagem que fosse o menino que veio da favela e que teve uma ascensão social através da música”, o diretor compartilha.

O convite para participar do filme foi recebido com entusiasmo por L7nnon, que estreia como ator em Kasa Branca. Luciano Vidigal relembra como foi trabalhar com o rapper: “Ele leu o roteiro e deu uma resposta assim positiva, adorou o projeto e, enfim, veio. E foi ele um astro, L7nnon é muito gigante, a gente filmou na Chatuba de Mesquita, ele estremeceu a baixada Fluminense quando ele ia filmar. Então tinha que ter uma estrutura ali para o lugar dele, mas é um cara que se joga aberto, é inteligente, tem vontade de fazer, muito talentoso, muito talentoso. Então foi uma troca muito gostosa, muito saborosa e muito criativa.”

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Outras rimas, mesmo flow

Além de Kasa Branca, nos últimos anos, produções como O Dia Que Te Conheci intensificaram o elo entre o rap e o audiovisual brasileiro.&nbsp;

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O mineiro FBC estrela em O Dia Que Te Conheci, dirigido pelo seu conterrâneo André Novais. Embora o rapper não chegue a cantar no filme como L7nnon faz em Kasa Branca, “Se Tá Solteira”, música que assina com VHOOR e Mac Júlia, entra para a trilha sonora.&nbsp;

“O filme do André, O Dia que te Conheci, eu acho um filme maravilhoso, é um cinema que eu admiro, é referência”, afirma.

Ele reforça que já tem novos planos à vista para o cinema, todos relacionadando a sétima arte com a música. “Estou escrevendo outro projeto e já pensando em que pessoa do trap ou do rap que eu vou chamar, sabe? Eu sou cria de favela, o rap faz parte do meu crescimento cultural mesmo", afirma o diretor. "Quando você tem samba, tem o rap, instrumentos musicais de origem da favela e da negritude, a gente consegue ser mais direto na comunicação com o público, com o povo", finaliza.

Novas cores e sons têm ganhado destaque no cinema brasileiro, e Kasa Branca é um exemplo disso. Dirigido por Luciano Vidigal (Cidade de Deus: 10 Anos Depois; 5x Favela &#8211; Agora por Nós Mesmos) o filme conta a história de Dé, um adolescente negro que, com o auxílio dos amigos, cuida da avó em fase terminal de Alzheimer. Enquanto a periferia da Chatuba, no Rio de Janeiro, funciona como pano de fundo para a trama, o rap nacional ocupa um papel que vai além da trilha sonora. Assista ao trailer abaixo:



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 Em meio aos desafios de amadurecer e se tornar responsável por alguém além de si mesmo, Dé encontra uma saída numa amizade antiga com L7, interpretado pelo rapper L7nnon. Esse movimento de esperança por meio da música vai de encontro com a vivência do próprio diretor e roteirista Luciano Vidigal, que veio da periferia do Rio, assim como Dé. “A música foi o primeiro lugar e o primeiro movimento cultural que me fez me enxergar como homem preto. E também a aprender a enxergar a favela por um olhar mais humano”, conta à Noize. “Eu lembro muito bem da música do Cartola, ‘Alvorada’, que diz: ‘Alvorada lá no morro, que beleza’, e eu comecei a enxergar ali, no samba do Cartola, uma favela diferenciada da que era mostrada nas grandes mídias. Quando eu escutei Racionais também fiquei muito impactado, o quanto eu me identificava com as letras, enfim, como homem preto, poder assumir, poder enxergar que eu era homem preto, como eu mesmo.”<div id="videoAd">*</div> <script type="text/javascript">var t = "//des.smartclip.net/ads?type=dyn&plc=90854&sz=400x320&elementId=videoAd";t += "&ref=" + encodeURIComponent(window.top.document.URL);t += "&rnd=" + Math.round(Math.random()*1e8);var s = document.createElement("script");s.type = "text/javascript";s.src = t;document.body.appendChild(s);</script>



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 Assim, Vidigal sabia que trazer um nome como L7nnon para o elenco refletiria a realidade de muitos jovens, que mantêm a chama da positividade acesa porque se reconhecem na trajetória e no trabalho de seus ídolos.



“Eu queria que o filme tivesse alguém do trap para ter essa figura jovem, que pudesse fazer um personagem que fosse o menino que veio da favela e que teve uma ascensão social através da música”, o diretor compartilha.



O convite para participar do filme foi recebido com entusiasmo por L7nnon, que estreia como ator em Kasa Branca. Luciano Vidigal relembra como foi trabalhar com o rapper: “Ele leu o roteiro e deu uma resposta assim positiva, adorou o projeto e, enfim, veio. E foi ele um astro, L7nnon é muito gigante, a gente filmou na Chatuba de Mesquita, ele estremeceu a baixada Fluminense quando ele ia filmar. Então tinha que ter uma estrutura ali para o lugar dele, mas é um cara que se joga aberto, é inteligente, tem vontade de fazer, muito talentoso, muito talentoso. Então foi uma troca muito gostosa, muito saborosa e muito criativa.”



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Outras rimas, mesmo flow



Além de Kasa Branca, nos últimos anos, produções como O Dia Que Te Conheci intensificaram o elo entre o rap e o audiovisual brasileiro.&nbsp;



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 O mineiro FBC estrela em O Dia Que Te Conheci, dirigido pelo seu conterrâneo André Novais. Embora o rapper não chegue a cantar no filme como L7nnon faz em Kasa Branca, “Se Tá Solteira”, música que assina com VHOOR e Mac Júlia, entra para a trilha sonora.&nbsp;



“O filme do André, O Dia que te Conheci, eu acho um filme maravilhoso, é um cinema que eu admiro, é referência”, afirma.



Ele reforça que já tem novos planos à vista para o cinema, todos relacionadando a sétima arte com a música. “Estou escrevendo outro projeto e já pensando em que pessoa do trap ou do rap que eu vou chamar, sabe? Eu sou cria de favela, o rap faz parte do meu crescimento cultural mesmo&#8221;, afirma o diretor. &#8220;Quando você tem samba, tem o rap, instrumentos musicais de origem da favela e da negritude, a gente consegue ser mais direto na comunicação com o público, com o povo&#8221;, finaliza.

Em entrevista à Noize, Luciano Vidigal comenta a importância da música para mudar contextos sociais, plano de fundo do longa.

Estrelado por L7nnon, “Kasa Branca” exalta o rap nacional, afirma diretor

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