Stella mescla influências do hip hop e da poesia para criar seu próprio rito em “A Fim”

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Celebrada por transformar a literatura brasileira a partir do íntimo, do estranho e do indizível, Clarice Lispector segue sendo uma das autoras mais reverenciadas do país — e muito além dele. Nascida na Ucrânia e criada no Brasil, construiu uma obra marcada pela investigação da subjetividade, do feminino, do silêncio e das epifanias do cotidiano.

Livros como A Hora da Estrela (1977), A Paixão Segundo G.H. (1964) e Laços de Família (1960) atravessaram fronteiras, ganharam dezenas de traduções e ajudaram a consolidar a autora como uma dos mais importantes da literatura do século 20.

Esse impacto também ecoa na cultura pop. Ao longo dos anos, a obra de Clarice foi citada e interpretada por artistas de diferentes linguagens ao redor do mundo. A atriz Cate Blanchett já declarou sua admiração pela escritora, enquanto nomes como Rosalía, Lorde, Dua Lipa, Olivia Rodrigo e Luísa Sonza revelam como esse universo segue inspirando criações contemporâneas.

No aniversário da autora, relembramos algumas dessas conexões entre a escritora e divas do pop atual.

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<h3 class="wp-block-heading">Rosalía </h3>

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Além da temática católica, Lux também tem um quê da autora: seja nos contrastes das canções, com letras cotidianas e camadas sonoras grandiosas, seja nas reflexões existenciais. E não somos nós que estamos dizendo: a própria Rosalía afirmou ao The Guardian que Clarice foi uma inspiração para o disco.

“É um disco sobre o misticismo feminino, estou há três anos focada nisso”, declarou em entrevista ao podcast do&nbsp;New York Times. A narrativa do álbum trabalha a dualidade entre sagrado/profano e a exaltação do feminino.

Leia também: <a href="http://Rosalía ergue sua Torre de Babel em “Lux”, veja 6 curiosidades sobre o álbum">6 fatos sobre 'Lux', a Torre de Babel de Rosalía</a>

A diva, que passou recentemente pelo Brasil, recebeu de uma fã na Argentina um exemplar de A Hora da Estrela (1977). A obra conta a história de Macabéa, uma jovem nordestina que vive no Rio de Janeiro, contando sua história a partir da voz do narrador Rodrigo S. M. Um dos mais famosos da autora, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=jCVVei38HZs">o romance já foi adaptado para o cinema</a> e aborda a invisibilidade social, os sonhos apagados e a solidão.

Vale lembrar que Dua Lipa mantém, desde a pandemia, seu próprio clube do livro, o Service95. Inclusive, Dua já se mostrou ligada em nossa literatura: uma de suas recomendações recentes foi o livro Lugar de Fala (2019), de Djamila Ribeiro. Bem que o livro da Clarice podia ser a próxima leitura, né!

<h3 class="wp-block-heading">Olivia Rodrigo</h3>

E por falar em A Hora da Estrela, Olivia Rodrigo disse que ganhou esse livro de ninguém menos que St. Vincent – e amou o presente.

<a href="https://www.youtube.com/watch?v=gibHrNVNysU">Para o tradicional quadro "what is in my bag?", da Vogue</a>, ela confessou que está rabiscando o livro inteiro. “Ela escreve lindamente”, disse. A gente concorda!

<h3 class="wp-block-heading">Luísa Sonza</h3>

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Luiza se inspirou na icônica entrevista de Clarice Lispector <a href="https://www.youtube.com/watch?v=ohHP1l2EVnU">no programa Panorama, da TV Cultura</a>, para lyric video de “Penhasco”, um dos grandes sucessos de seu repertório, do álbum Doce22 (2021). A entrevista foi uma das últimas que a autora deu em vida, em 1977.

A escolha não foi apenas estética: a exposição emocional e a sinceridade presentes na fala de Clarice dialogam com o tom confessional da canção

<h3 class="wp-block-heading">Lorde </h3>

A neozelandesa disse que leu muito para compor seu mais recente álbum, Virgin (2025) – inclusive livros de Clarice.

"Quis ler mulheres que tivessem aquele tipo de intensidade, sem remorso, fisicalidade e estranheza. Li Annie Ernaux, Rachel Cusk e Clarice Lispector", ela contou ao <a href="https://www.estadao.com.br/cultura/musica/lorde-leitora-de-clarice-explora-versao-mais-autentica-de-si-em-virgin-feito-de-sobrevivencia/?srsltid=AfmBOopQu66PCj8-6O6bR6bJLW3uzNHPLYESjSlisYHwy5odxiv7NtTU">Estadão.</a>

Celebrada por transformar a literatura brasileira a partir do íntimo, do estranho e do indizível, Clarice Lispector segue sendo uma das autoras mais reverenciadas do país — e muito além dele. Nascida na Ucrânia e criada no Brasil, construiu uma obra marcada pela investigação da subjetividade, do feminino, do silêncio e das epifanias do cotidiano.



Livros como A Hora da Estrela (1977), A Paixão Segundo G.H. (1964) e Laços de Família (1960) atravessaram fronteiras, ganharam dezenas de traduções e ajudaram a consolidar a autora como uma dos mais importantes da literatura do século 20.<div id="videoAd">*</div> <script type="text/javascript">var t = "//des.smartclip.net/ads?type=dyn&plc=90854&sz=400x320&elementId=videoAd";t += "&ref=" + encodeURIComponent(window.top.document.URL);t += "&rnd=" + Math.round(Math.random()*1e8);var s = document.createElement("script");s.type = "text/javascript";s.src = t;document.body.appendChild(s);</script>



Esse impacto também ecoa na cultura pop. Ao longo dos anos, a obra de Clarice foi citada e interpretada por artistas de diferentes linguagens ao redor do mundo. A atriz Cate Blanchett já declarou sua admiração pela escritora, enquanto nomes como Rosalía, Lorde, Dua Lipa, Olivia Rodrigo e Luísa Sonza revelam como esse universo segue inspirando criações contemporâneas. 



No aniversário da autora, relembramos algumas dessas conexões entre a escritora e divas do pop atual.



<h3 class="wp-block-heading">Rosalía </h3>







<figure class="wp-block-image size-large"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/rosalia-just-posted-a-music-sheet-called-berghain-today-v0-zq32oiymy4vf1.webp"><img loading="lazy" decoding="async" width="768" height="1024" src="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/rosalia-just-posted-a-music-sheet-called-berghain-today-v0-zq32oiymy4vf1-768x1024.webp" alt="" class="wp-image-180440" srcset="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/rosalia-just-posted-a-music-sheet-called-berghain-today-v0-zq32oiymy4vf1-768x1024.webp 768w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/rosalia-just-posted-a-music-sheet-called-berghain-today-v0-zq32oiymy4vf1-225x300.webp 225w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/rosalia-just-posted-a-music-sheet-called-berghain-today-v0-zq32oiymy4vf1-1152x1536.webp 1152w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/rosalia-just-posted-a-music-sheet-called-berghain-today-v0-zq32oiymy4vf1-221x295.webp 221w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/rosalia-just-posted-a-music-sheet-called-berghain-today-v0-zq32oiymy4vf1-300x400.webp 300w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/rosalia-just-posted-a-music-sheet-called-berghain-today-v0-zq32oiymy4vf1-616x821.webp 616w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/rosalia-just-posted-a-music-sheet-called-berghain-today-v0-zq32oiymy4vf1-640x853.webp 640w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/rosalia-just-posted-a-music-sheet-called-berghain-today-v0-zq32oiymy4vf1-150x200.webp 150w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/rosalia-just-posted-a-music-sheet-called-berghain-today-v0-zq32oiymy4vf1.webp 1200w" sizes="auto, (max-width: 768px) 100vw, 768px" /></a></figure>







Além da temática católica, Lux também tem um quê da autora: seja nos contrastes das canções, com letras cotidianas e camadas sonoras grandiosas, seja nas reflexões existenciais. E não somos nós que estamos dizendo: a própria Rosalía afirmou ao The Guardian que Clarice foi uma inspiração para o disco.



“É um disco sobre o misticismo feminino, estou há três anos focada nisso”, declarou em entrevista ao podcast do&nbsp;New York Times. A narrativa do álbum trabalha a dualidade entre sagrado/profano e a exaltação do feminino. 



Leia também: <a href="http://Rosalía ergue sua Torre de Babel em “Lux”, veja 6 curiosidades sobre o álbum">6 fatos sobre &#8216;Lux&#8217;, a Torre de Babel de Rosalía</a>



<h3 class="wp-block-heading">Dua Lipa </h3>







<figure class="wp-block-image size-large"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/dua-lipa-service95.webp"><img loading="lazy" decoding="async" width="683" height="1024" src="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/dua-lipa-service95-683x1024.webp" alt="" class="wp-image-180441" srcset="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/dua-lipa-service95-683x1024.webp 683w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/dua-lipa-service95-200x300.webp 200w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/dua-lipa-service95-768x1152.webp 768w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/dua-lipa-service95-1024x1536.webp 1024w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/dua-lipa-service95-221x332.webp 221w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/dua-lipa-service95-300x450.webp 300w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/dua-lipa-service95-616x924.webp 616w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/dua-lipa-service95-150x225.webp 150w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/dua-lipa-service95.webp 1200w" sizes="auto, (max-width: 683px) 100vw, 683px" /></a></figure>







A diva, que passou recentemente pelo Brasil, recebeu de uma fã na Argentina um exemplar de A Hora da Estrela (1977). A obra conta a história de Macabéa, uma jovem nordestina que vive no Rio de Janeiro, contando sua história a partir da voz do narrador Rodrigo S. M. Um dos mais famosos da autora, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=jCVVei38HZs">o romance já foi adaptado para o cinema</a> e aborda a invisibilidade social, os sonhos apagados e a solidão.



Vale lembrar que Dua Lipa mantém, desde a pandemia, seu próprio clube do livro, o Service95. Inclusive, Dua já se mostrou ligada em nossa literatura: uma de suas recomendações recentes foi o livro Lugar de Fala (2019), de Djamila Ribeiro. Bem que o livro da Clarice podia ser a próxima leitura, né!



<h3 class="wp-block-heading">Olivia Rodrigo</h3>



<figure class="wp-block-image size-full"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/olivia-rodrigo-apple.webp"><img loading="lazy" decoding="async" width="780" height="484" src="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/olivia-rodrigo-apple.webp" alt="" class="wp-image-180445" srcset="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/olivia-rodrigo-apple.webp 780w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/olivia-rodrigo-apple-300x186.webp 300w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/olivia-rodrigo-apple-768x477.webp 768w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/olivia-rodrigo-apple-221x137.webp 221w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/olivia-rodrigo-apple-616x382.webp 616w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/olivia-rodrigo-apple-150x93.webp 150w" sizes="auto, (max-width: 780px) 100vw, 780px" /></a></figure>







E por falar em A Hora da Estrela, Olivia Rodrigo disse que ganhou esse livro de ninguém menos que St. Vincent – e amou o presente.



<a href="https://www.youtube.com/watch?v=gibHrNVNysU">Para o tradicional quadro &#8220;what is in my bag?&#8221;, da Vogue</a>, ela confessou que está rabiscando o livro inteiro. “Ela escreve lindamente”, disse. A gente concorda!



<h3 class="wp-block-heading">Luísa Sonza</h3>



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Luiza se inspirou na icônica entrevista de Clarice Lispector <a href="https://www.youtube.com/watch?v=ohHP1l2EVnU">no programa Panorama, da TV Cultura</a>, para lyric video de “Penhasco”, um dos grandes sucessos de seu repertório, do álbum Doce22 (2021). A entrevista foi uma das últimas que a autora deu em vida, em 1977.



A escolha não foi apenas estética: a exposição emocional e a sinceridade presentes na fala de Clarice dialogam com o tom confessional da canção



<h3 class="wp-block-heading">Lorde </h3>



<figure class="wp-block-image size-large"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/snapinsta-ai_3739792871722804309-1.webp"><img loading="lazy" decoding="async" width="1024" height="682" src="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/snapinsta-ai_3739792871722804309-1-1024x682.webp" alt="SnapInsta-Ai_3739792871722804309 (1)" class="wp-image-180442" srcset="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/snapinsta-ai_3739792871722804309-1-1024x682.webp 1024w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/snapinsta-ai_3739792871722804309-1-300x200.webp 300w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/snapinsta-ai_3739792871722804309-1-768x511.webp 768w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/snapinsta-ai_3739792871722804309-1-221x147.webp 221w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/snapinsta-ai_3739792871722804309-1-616x410.webp 616w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/snapinsta-ai_3739792871722804309-1-116x77.webp 116w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/snapinsta-ai_3739792871722804309-1-150x100.webp 150w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/12/snapinsta-ai_3739792871722804309-1.webp 1080w" sizes="auto, (max-width: 1000px) 100vw, 1000px" /></a></figure>







A neozelandesa disse que leu muito para compor seu mais recente álbum, Virgin (2025) – inclusive livros de Clarice.



&#8220;Quis ler mulheres que tivessem aquele tipo de intensidade, sem remorso, fisicalidade e estranheza. Li Annie Ernaux, Rachel Cusk e Clarice Lispector&#8220;, ela contou ao <a href="https://www.estadao.com.br/cultura/musica/lorde-leitora-de-clarice-explora-versao-mais-autentica-de-si-em-virgin-feito-de-sobrevivencia/?srsltid=AfmBOopQu66PCj8-6O6bR6bJLW3uzNHPLYESjSlisYHwy5odxiv7NtTU">Estadão.</a>

No aniversário da autora, relembramos a força de sua obra e como ela segue atravessando fronteiras, passando pelo universo pop.

5 divas pop que se renderam a Clarice Lispector

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