Emo Vive: com Fresno no headline, festival mostra força do gênero em POA, SP e RJ

Na última quarta-feira (4), Porto Alegre foi palco da edição especial do Festival Polifonia: Emo Vive. O evento reuniu fãs do gênero para uma noite repleta de nostalgia, performances memoráveis e reencontros que aconteciam em cada parte do Auditório Araújo Vianna. O festival ainda desembarca no Rio de Janeiro (RJ) nesta sexta (06/6), e em São Paulo, no sábado (7/6), com data extra no domingo (8/6).

O Festival Polifonia já realizou cinco edições anteriores. Em 2025, apresenta sua edição mais ambiciosa, destacando a resiliência e relevância duradoura da cultura emo.

Para celebrar o evento, foi lançado o minidoc Emo Vive. No registro, dirigido por Bruno Rocha e Guta Tolhuizen, Lucas Silveira, vocalista da Fresno, reflete sobre a cena emo e o legado que ela carrega desde sua consolidação no Brasil, ainda nos anos 2000.

Emo Vive em POA

A edição foi concebida como uma turnê, passando por três cidades: Porto Alegre (04/06), Rio de Janeiro (06/06) e São Paulo (07 e 08/06). O objetivo foi celebrar a cultura emocore que marcou o início dos anos 2000 e continua influenciando a música alternativa, especialmente no atual momento de resgate nostálgico.

O line-up contou com nomes clássicos da cena emo: as bandas internacionais Mae, Emery e Anberlin, além da headliner brasileira Fresno.

Como convidada especial da noite gaúcha, a banda Projeto Hare abriu o evento. Os setlists foram escolhidos a dedo, agradando tanto o público mais jovem, que descobriu o gênero nos últimos anos, quanto os fãs veteranos, que viram o emo nascer.

A banda estadunidense cristã Mae apresentou um setlist curto, mas presenteou os fãs com clássicos como “Suspension” e outros sucessos do álbum The Everglow (2005).

Emery apresentou um setlist intenso, com letras emocionalmente carregadas, que ganharam o público. O setlist curto apresentou os sucessos, “So Cold I Could See My Breath”, “Studying Politics” e a clássica “Walls” para encerrar o show.

Setlist completo:

So Cold I Could See My Breath
Playing With Fire
Returning the Smile You Have Had From the Start
Studying Politics
Left With Alibis and Lying Eyes
Listening to Freddie Mercury
In a Win, Win Situation
The Ponytail Parades
The Party Song
Walls

Já os integrantes da Anberlin levaram o aclamado Never Take Friendship Personal (2005), executado na íntegra e na ordem — em comemoração aos seus 20 anos. A faixa-título abriu o show dos estadunidenses, que desde os primeiros acordes levaram ao público uma performance enérgica e fiel ao espírito do emocore, que tem origem no cenário punk hardcore de Washington D.C., nos Estados Unidos. “Paperthin Hymm” e “The Feel Good Drag” também foram entoadas pelos gaúchos durante a apresentação da banda.

Setlist completo:

Never Take Friendship Personal
Paperthin Hymn
Stationary Stationery
(The Symphony Of) Blasé
A Day Late
The Runaways
Time & Confusion
The Feel Good Drag
Audrey, Start The Revolution!
A Heavy Hearted Work Of Staggering Genius
Dance, Dance, Christa Paffgen

A entrada da Fresno deixou claro que os gaúchos eram os mais esperados. O Auditório teve maior lotação no momento em que os gaúchos subiram ao palco para tocar músicas de três álbuns do início da carreira: Quarto dos Livros (2003), O Rio a Cidade a Árvore (2004) e Ciano (2006). O show teve intervenções de Lucas e Vavo que, emocionados, relembraram momentos icônicos, como lançamentos de álbuns e apresentações em casas clássicas da cena punk e hardcore da capital, como o Garagem Hermética e a Croco.

Setlist completo:

QUARTO DOS LIVROS

Teu Semblante
Se Algum Dia Eu Não Acordar
Stonehenge
Onde está?

O RIO, A CIDADE E A ÁRVORE

Evaporar
Duas Lágrimas
Verdades Que Tanto Guardei

CIANO

A Resposta
Alguém Que Te Faz Sorrir
Absolutamente Nada
O Que Hoje Você Vê
Cada Poça Dessa Rua Tem um Pouco de Minhas Lágrimas
Quebre as Correntes

O Emo Vive transformou o Auditório Araújo Vianna em um verdadeiro santuário para os fãs do gênero, provando que o emo se reinventa e segue emocionando. Com apresentações intensas e uma atmosfera cheia de saudade e identificação coletiva, o festival promete firmar lugar como um marco na celebração da cultura emo no Brasil.