Exclusivo | “Mulher, negra, lutadora e vencedora”, define-se Elza Soares


"A bossa negra de Elza Soares Elza é o morro que desceu para o asfalto… Bateu na porta do ritmo… E ali resolveu morar…" É assim que a cantora está descrita na contracapa do primeiro LP que gravou: Se Acaso Você Chegasse (1960). Lançado pela Odeon, o disco traz no título o nome do presente […]
Por: Ariel Fagundes

Ariel Fagundes

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“A bossa negra de Elza Soares
Elza é o morro que desceu para o asfalto…
Bateu na porta do ritmo…
E ali resolveu morar…”

É assim que a cantora está descrita na contracapa do primeiro LP que gravou: Se Acaso Você Chegasse (1960). Lançado pela Odeon, o disco traz no título o nome do presente que Lupicínio Rodrigues lhe deu. “Foi a música que me deu chance de abrir fronteiras, de abrir caminhos”, diz Elza Soares nesta entrevista.

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Esse disco inaugurou uma carreira que virou a mesa da música popular brasileira. O sucesso explosivo daquela jovem negra incomodou tanto que, no fim dos anos 1960, a casa onde morava com seu marido, o jogador Mané Garrincha, sofreu um atentado que motivou a fuga deles para a Itália, onde ficaram amigos do Chico Buarque e sua esposa na época, Marieta Severo.

Os obstáculos não páreos para a força vital de Elza, que batalha diariamente com a sua maior arma, o seu talento. Para ela, cantar é, ao mesmo tempo, a melhor forma de lutar e de curar as feridas do front. “A música é o sedativo da alma”, diz a cantora no vídeo carregado de emoção que você vê abaixo.

Por: Ariel Fagundes

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