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Mayra Andrade nasceu em Cuba, cresceu entre Cabo Verde, Senegal e Angola, mudou-se para a França, onde iniciou sua carreira, e hoje vive em Portugal. A vida da artista é marcada pelos movimentos migratórios. Consequentemente, sua obra tornou-se canal para reflexões a respeito da saudade e do sentimento de pertencimento. Escritas majoritariamente em crioulo cabo-verdiano — idioma lusófono, derivado do português — as composições da artista foram revisitadas em reEncanto (2024), seu álbum ao vivo na Union Chapel, em Londres, que está <a href="http://noizerecordclub.com.br/pages/nrcmais">em pré-venda no NRC+</a>. No trabalho, Mayra reconecta-se com o próprio repertório, em um formato íntimo, somente voz e violão, ao lado de Djodje Almeida. "Um dos objetivos do reEncanto era redescobrir o meu próprio canto e o que a minha voz diz hoje que não dizia antes. O que contam essas histórias de outros tempos? Quão atemporais são essas composições? Foi uma coisa bonita, perceber tudo isso. Certas canções fazem parte de mim. Quase como olhar para uma ruga, um cabelo branco, uma celulite e pensar: 'eu sou isso'. É como ver o corpo se transformando. Essas histórias ainda são válidas", declarou à compositora em entrevista à Noize. Listamos cinco canetadas de Mayra Andrade sobre imigração e saudade. Abaixo, confira as versões em crioulo e as traduções para o português.

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“Oh vida di mar, vida di piskador [Oh, vida de mar, vida de pescador] Regrésu tom nsértu tenê-m kurasom ku dor [Regresso tão incerto, tem o coração com dor]”

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2. Vapor di Imigrason “Ó Deus, nô sakrifisiu di stranjeru [Oh, Deus, no sacrifício de estrangeiro] Nha korason vivi pertadu [Meu coração vive apertado] Foi tantu sufri kaladu [Foi tanto sofri calado]”

3. Stória, Stória “Dexâ-m bem kantâ-bu um stória [Deixa-me bem cantá-lo uma história] K-um sértu melankoliâ [Com uma certa melancolia] Pa-m fla-u kusé k'é sodadi [Pra falar disso que é a saudade] Di nha kábu k'é ka verdi… [Da minha casa que é Cabo Verde]”

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“Oji 'u ba, pa lonji bu ba [Hoje tu vai, pra longe tu vai] Diskubri vida lonji di tudu nós [Descobri vida longe de tudo nosso] Kuida sénpri di bo, kodé [Cuide sempre de si, coração] N krê po ser feliz [Eu quero ser feliz]”

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5. Ténpu ki bai “Ténpu ki bai [Tempo que vai] Dexa-m ali sakedu ta djobi óra [Deixa-me ali sacando o desdobrar das horas] Ku gana volta a ténpu di minineza [Querendo voltar aos tempos de meninice] Sodadi na jardin di nha memória [Saudade do jardim da minha memória]”

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Se você é assinante do clube, tem <a href="https://www.noizerecordclub.com.br/pages/nrcmais">desconto na compra do vinil. Saiba mais aqui.</a>

Mayra Andrade nasceu em Cuba, cresceu entre Cabo Verde, Senegal e Angola, mudou-se para a França, onde iniciou sua carreira, e hoje vive em Portugal. A vida da artista é marcada pelos movimentos migratórios. Consequentemente, sua obra tornou-se canal para reflexões a respeito da saudade e do sentimento de pertencimento. Escritas majoritariamente em crioulo cabo-verdiano — idioma lusófono, derivado do português — as composições da artista foram revisitadas em reEncanto (2024), seu álbum ao vivo na Union Chapel, em Londres, que está <a href="http://noizerecordclub.com.br/pages/nrcmais">em pré-venda no NRC+</a>. No trabalho, Mayra reconecta-se com o próprio repertório, em um formato íntimo, somente voz e violão, ao lado de Djodje Almeida. &#8220;Um dos objetivos do reEncanto era redescobrir o meu próprio canto e o que a minha voz diz hoje que não dizia antes. O que contam essas histórias de outros tempos? Quão atemporais são essas composições? Foi uma coisa bonita, perceber tudo isso. Certas canções fazem parte de mim. Quase como olhar para uma ruga, um cabelo branco, uma celulite e pensar: &#8216;eu sou isso&#8217;. É como ver o corpo se transformando. Essas histórias ainda são válidas&#8221;, declarou à compositora em entrevista à Noize. Listamos cinco canetadas de Mayra Andrade sobre imigração e saudade. Abaixo, confira as versões em crioulo e as traduções para o português.



<figure class="wp-block-image size-large is-resized"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/09/mayra-2-par-fabrice-bourgelle-scaled.webp"><img loading="lazy" decoding="async" width="683" height="1024" src="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/09/mayra-2-par-fabrice-bourgelle-683x1024.webp" alt="Mayra 2 par Fabrice Bourgelle" class="wp-image-177859" style="width:1000px" srcset="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/09/mayra-2-par-fabrice-bourgelle-683x1024.webp 683w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/09/mayra-2-par-fabrice-bourgelle-200x300.webp 200w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/09/mayra-2-par-fabrice-bourgelle-768x1152.webp 768w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/09/mayra-2-par-fabrice-bourgelle-1024x1536.webp 1024w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/09/mayra-2-par-fabrice-bourgelle-1366x2048.webp 1366w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/09/mayra-2-par-fabrice-bourgelle-221x331.webp 221w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/09/mayra-2-par-fabrice-bourgelle-300x450.webp 300w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/09/mayra-2-par-fabrice-bourgelle-616x924.webp 616w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/09/mayra-2-par-fabrice-bourgelle-150x225.webp 150w, https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/09/mayra-2-par-fabrice-bourgelle-scaled.webp 1334w" sizes="auto, (max-width: 683px) 100vw, 683px" /></a></figure>



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1. &#8220;Navega&#8221;



“Oh vida di mar, vida di piskador [Oh, vida de mar, vida de pescador] Regrésu tom nsértu tenê-m kurasom ku dor [Regresso tão incerto, tem o coração com dor]”



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 2. Vapor di Imigrason “Ó Deus, nô sakrifisiu di stranjeru [Oh, Deus, no sacrifício de estrangeiro] Nha korason vivi pertadu [Meu coração vive apertado] Foi tantu sufri kaladu [Foi tanto sofri calado]”



 3. Stória, Stória “Dexâ-m bem kantâ-bu um stória [Deixa-me bem cantá-lo uma história] K-um sértu melankoliâ [Com uma certa melancolia] Pa-m fla-u kusé k&#8217;é sodadi [Pra falar disso que é a saudade] Di nha kábu k&#8217;é ka verdi… [Da minha casa que é Cabo Verde]”



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 4. Kodé



“Oji &#8216;u ba, pa lonji bu ba [Hoje tu vai, pra longe tu vai] Diskubri vida lonji di tudu nós [Descobri vida longe de tudo nosso] Kuida sénpri di bo, kodé [Cuide sempre de si, coração] N krê po ser feliz [Eu quero ser feliz]”



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 5. Ténpu ki bai “Ténpu ki bai [Tempo que vai] Dexa-m ali sakedu ta djobi óra [Deixa-me ali sacando o desdobrar das horas] Ku gana volta a ténpu di minineza [Querendo voltar aos tempos de meninice] Sodadi na jardin di nha memória [Saudade do jardim da minha memória]”



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Mayra Andrade nasceu em Cuba, cresceu entre Cabo Verde, Senegal e Angola, mudou-se para a França, onde iniciou sua carreira, e hoje vive em Portugal. A vida da artista é marcada pelos movimentos migratórios. Consequentemente, sua obra tornou-se canal para reflexões a respeito da saudade e do sentimento de pertencimento. Escritas majoritariamente em crioulo cabo-verdiano [&hellip;]

5 canetadas de Mayra Andrade sobre imigração e saudade

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